Preço da gasolina voltará a subir a partir de 1º junho com o novo ICMS

Preço da gasolina

O preço da gasolina deverá subir a partir dia 1º de junho. Nesta semana, o governo anunciou que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS) passará a ser cobrado com uma alíquota de R$ 1,22 por litro. As alíquotas variáveis serão substituídas por uma cobrança fixa e o valor do reajuste será diferente em cada estado.

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Preço da gasolina voltará a subir com novo ICMS

Atualmente, cada estado cobra um percentual diferente de ICMS sobre o preço da gasolina. O valor do ICMS médio no Brasil é de R$ 1,08, representando aproximadamente 20,5% do valor total do combustível na bomba, conforme informação da Petrobras. A mudança da taxa fixa levará ao aumento da gasolina em R$ 0,14.

Este tributo estadual tem seus valores definidos pelos estados e pelo Distrito Federal e basicamente incide em todas as operações que circulam mercadorias, sendo embutido diretamente ao consumidor final. O valor do ICMS foi definido por Gilmar Mendes e André Mendonça – ministros do Supremo Tribunal Federal. O acordo foi fechado em R$ 1,22 no valor do imposto – a proposta anterior era de R$ 1,45 e foi reduzida. Decidiu-se que a população brasileira deveria receber o menor valor do combustível.

A mudança aumentará o preço do litro de combustível na maioria dos estados, pois o imposto até então cobrado era menor que a taxa fixa. Somente os estados do Amazonas, Alagoas e Piauí, que apresentavam alíquota de ICMS superior a R$ 1,22, poderão esperar uma redução de valor nos postos.

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O valor da alíquota do ICMS é estipulado de acordo com cada estado. De forma geral, o valor fica entre 17% e 20%. O ICMS é a maior fonte de receita dos estados e municípios. O ICMS é pago quando um produto ou serviço tributável circula entre as cidades e estados ou, de pessoas jurídicas às pessoas físicas. Ou seja, ele é basicamente aplicado em todas as transações do dia-a-dia. Veja alguns casos onde há cobrança:

  • Circulação de mercadorias. Não há a exigência de cobrança se, a circulação de mercadorias ocorra entre estabelecimentos de mesmo titular;
  • Importação de bens e mercadorias;
  • Serviços de transporte interestadual e intermunicipal;
  • Serviços de telecomunicação;
  • Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços;
  • Entrada ao Estado de destino, de petróleo, lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos e de energia elétrica, quando não destinada à comercialização ou à industrialização.

A mudança no cálculo do ICMS tende a absorver parte da queda de preços anunciada pela Petrobras em meados de maio. Na ocasião, a estatal anunciou que o preço do litro da gasolina foi reduzido de R$ 3,18 para R$ 2,78, um recuo de R$ 0,40 ou 12,6%. A redução foi anunciada após a Petrobras divulgar uma nova política para os combustíveis, colocando fim ao Preço de Paridade Internacional (PPI) que vigorava há mais de seis anos, durante os governos dos ex-presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro. No antigo modelo, seguiam-se as tendências do mercado internacional.

Além dos tributos, outros fatores exercem influência no preço final cobrado pelos postos de gasolina, como os preços de venda pelas refinarias, os custos de transporte e as margens de lucro das distribuidoras. Isso faz com que as estimativas apresentem variações. A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) acompanha o mercado, mas não interfere na formação dos preços.


“Os preços são feitos pelo mercado, pelos agentes que nele atuam, como as refinarias (parte da Petrobras e parte privadas), usinas, distribuidoras e postos de combustíveis”, informa a ANP.

O valor final dos preços dos combustíveis nas bombas é composto por cinco itens, segundo a ANP:

  • Preço do Produtor (refinarias da Petrobras e importadores);
  • Preço do Etanol – o combustível que chega aos postos tem 73% de Gasolina A e 27% de Etanol;
  • Tributos federais – PIS, Cofins e Cide;
  • Imposto estadual – ICMS;
  • Distribuição, transporte e revenda.

O ICMS é apenas uma parte do preço total da gasolina. Segundo a Petrobras, o imposto estadual tem um peso de 20,5% no custo total do produto ao consumidor.

Petrobras

LEIA TAMBÉM: COMO É CALCULADO O PREÇO FINAL DO COMBUSTÍVEL PARA O CONSUMIDOR

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