Por que Lubrificar?

Muitos acreditam que lubrificar seja apenas para reduzir o atrito entre dois materiais. Embora sua principal função seja esta, o uso de um sistema de lubrificação adequado também traz outras funcionalidades como, a redução da temperatura, minimiza a corrosão em superfícies metálicas e evita a formação de resíduos e sedimentos. Portanto, uma boa lubrificação garante uma operação livre de falhas mecânicas além de prolongar a vida útil de peças e equipamentos.

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A Lubrificação é um dos meios mais relevantes para a produtividade de diferentes segmentos. Afinal, o uso de lubrificantes apropriados impacta positivamente na atividade e na eficiência dos equipamentos, favorecendo bastante as operações. Ao longo do nosso E-book (1ª Edição), você encontrará uma série de explicações sobre a prática, aplicações possíveis assim como as vantagens que ela oferece quando é feita da maneira correta. Acompanhe!

O setor de máquinas é um dos que sofreu maior evolução nos últimos anos, com a integração da tecnologia antes restrita ao setor automotivo. Como por exemplo, modernos tratores, colhedoras e implementos agrícolas se tornaram máquinas sofisticadas e com alto desempenho, exigindo eficiente lubrificantes de alta qualidade para o seu uso e que atendam adequadamente à crescente exigência dos serviços a que estão sujeitos os equipamentos.
A lubrificação, é um dos principais itens de manutenção de máquinas e equipamentos, portanto, deve ser entendida e praticada para conservá-las e manter o seu rendimento, além de aumentar a vida útil das mesmas. De modo geral, os componentes que mais necessitam lubrificação são: acoplamentos, cabos de aço, compressores de ar, correntes, eixos, geradores de energia, engrenagens, motores, rolamentos, mancais, etc.

O que são Lubrificantes?

Quando as superfícies dos componentes de algum tipo de máquina se movem em contato uma com as outra, produzem a fricção ou atrito, e esta gera calor e causa desgaste. O lubrificante é uma substância colocada entre estes componentes em movimento para reduzir a fricção e proporcionar o deslizamento suave e fácil, um contra o outro, com o mínimo desgaste e mantendo a temperatura adequada.

Os lubrificantes tem por função:
• Reduzir a fricção e o desgaste das peças.
• Diminuir o calor gerado pela fricção das peças.
• Auxiliar na refrigeração, no caso dos motores.
• Auxiliar a vedação ou perda de pressão dos motores.
• Fazer a limpeza das peças, evitando entrada de impurezas.
• Proteger contra a corrosão.
• Transmitir força e movimento através de cilindros hidráulicos.

Quais os tipos de Lubrificantes?

Há três tipos de lubrificantes: os lubrificantes líquidos, que são os óleos lubrificantes, os lubrificantes pastosos que são as graxas e os lubrificantes sólidos.

Os lubrificantes sólidos são utilizados em equipamentos que trabalham em altas temperaturas, portanto são pouco utilizados em máquinas simples. Em certos casos são misturados com lubrificantes líquidos e pastosos para melhorar sua resistência ao calor gerado pelo atrito entre superfícies. Como exemplo de lubrificantes sólidos podemos citar o talco, a grafite e o bissulfeto de molibdênio.

Os lubrificantes pastosos são conhecidos como graxas, utilizados em locais onde os óleos (líquidos) não conseguem permanecer para fazer uma completa lubrificação. As graxas são feitas pela mistura de um óleo lubrificante (de base mineral ou sintética) e de uma substância encorpada, chamada de agente espessante, e tem como função reduzir o atrito, o desgaste, o aquecimento e proteger contra a corrosão.

Características Importantes

Algumas características são extremamente importantes para a escolha e uso adequado dos óleos lubrificantes.

• Viscosidade – É considerada a propriedade mais importante dos óleos lubrificantes, pois ela mede a dificuldade com que um líquido escoa ou escorre. Quanto mais viscoso for um óleo lubrificante (mais grosso), mais difícil de escorrer, portanto será maior a sua capacidade de manter-se entre duas peças móveis proporcionando uma melhor lubrificação das mesmas. Quanto menos viscoso, mais rapidamente chegará onde necessita lubrificação, porém trará mais dificuldades de manter-se nestes locais.

Ao utilizarmos um óleo muito viscoso (muito “grosso”), nas manhãs frias, ele terá dificuldade de chegar às áreas que necessitam ser lubrificadas, provocando um desgaste maior do motor, por exemplo. Por outro lado, caso utilizarmos um óleo pouco viscoso (muito “fino”), quando o motor aquecer, o mesmo escoará com muita facilidade, prejudicando também a lubrificação e aumentando o desgaste do motor. Assim, a escolha da viscosidade correta para determinadas temperaturas de trabalho é muito importante, pois um óleo deve proporcionar lubrificação adequada em todas as estações do ano.

A viscosidade dos lubrificantes não é constante, pois varia com a temperatura. Quando se eleva a temperatura de um óleo lubrificante a sua viscosidade diminui, e quando a sua temperatura diminui ele fica mais viscoso.

• Densidade – Indica o peso de uma certa quantidade de óleo a uma certa temperatura; isto pode nos indicar se houve contaminação ou deterioração de um lubrificante. Por exemplo se um óleo for contaminado por água, aumentará a densidade do óleo.

• Ponto de Fluidez – É a temperatura na qual o óleo deixa de fluir ou escorrer, isto é, congela, é muito importante para regiões sujeitas a invernos rigorosos, o que não é o caso da grande maioria do território brasileiro.

• Poder Lubrificante – Refere-se unicamente às propriedades redutoras do atrito interno dos óleos que trabalham em serviços severos, tais como em motores diesel de alta rotação e cargas elevadas.

Para melhorar alguma qualidade já existente e insuficientes nos óleos lubrificantes, ou atribuindo outras que ele não possua visando aumentar a sua eficiência, são adicionados aos óleos substâncias chamadas de aditivos. Suas finalidades e mecanismos de ação são muito variados. Os principais tipos de aditivos são:

• Antioxidantes: reduzem a oxidação do lubrificante em contato com ar.
• Anticorrosivos: protegem os componentes do desgaste de contaminantes ácidos dos óleos lubrificantes.
• Detergentes-dispersantes: mantêm as superfícies metálicas limpas e evitam a formação de borras nos óleos lubrificantes.
• Agentes de Extrema Pressão (EP ou HD): formam uma camada protetora resistente que protege as peças do contato do metal contra o metal.
• Melhoradores do Índice de Viscosidade (I.V.): diminuem a variação da viscosidade com a temperatura.
• Abaixadores do Ponto de fluidez: evitam que o óleo se congele.
• Antiespumantes: evitam a formação de espuma.
• Antiferrugem: protegem as peças da ferrugem.
• Agentes emulsificantes: tornam os óleos emulsionáveis (erradamente ditos “solúveis”) em água.

Óleo Lubrificante ou Graxa?

A graxa pode ser definida como um material sólido ou semissólido, constituído de um agente espessante (sabão metálico) disperso num lubrificante líquido (óleo). Devido a sua consistência semelhante ao gel, as graxas são mais utilizadas em lugar dos óleos lubrificantes em aplicações onde ocorreria um escorrimento de óleo. Além disso, o sistema de lubrificação com graxa é mais simples do que com óleo lubrificante, como também é mais barato. Normalmente máquinas ou componentes que se movimentam verticalmente ou sob cargas pesadas requerem a utilização de graxas. A graxa tem melhor performance em aplicações de rolamentos que operam em velocidades moderadas onde as temperaturas não são excessivamente altas. Já o óleo ao contrário da graxa, tem melhor desempenho sob altas velocidades, com fricção extrema como também para sistemas que funcionam em altas temperaturas, inclusive auxiliando no resfriamento dos componentes.

Como Lubrificar?

Existem diversas maneiras de realizar a Lubrificação. Na forma manual, a aplicação do óleo é feita por meio de Almotolia, método bastante simples, porém de pouca eficiência. Trata-se de uma aplicação regular, evitando sempre os excessos a fim de amenizar vazamentos. Ainda existem outras maneiras para lubrificação manual como por exemplo: conta-gotas, anel por colar, banho de óleo, estopa ou almofada, salpico ou borrifo e ainda por névoa de óleo.

Agilidade na Aplicação

Para garantir a eficiência e a produtividade no momento de lubrificação, existem equipamentos que auxiliam na execução e controle. Uma forma eficiente para aplicação de óleo ou graxa é utilizando tambores a granel que podem variar de 20 L/Kg a 200 L/Kg, podendo utilizar equipamentos pneumáticos, elétricos e manuais.

Propulsoras e Bombas

Contém um mecanismo de transferidores de óleo ou graxa através de um sistema pneumático de ar comprimido, tornando o trabalho muito mais ágil e descomplicado.

• Pneumáticos: Propulsoras pneumáticas (engraxadeiras)  e bombas de duplo diafragma funcionam alimentadas por ar comprimido e possuem um grande diferencial por trabalharem pressurizados, no momento da aplicação. Quando a linha do fluido é fechada, o equipamento pressurizado permanece inativo até que o fluxo seja reaberto novamente. Com isso, permite mais  agilidade, otimizando o tempo de trabalho tornando estes equipamentos os mais procurados no mercado.

• Bombas Elétricas: São altamente usuais no momento da lubrificação devido seu potencial e diversidade nas aplicações. Existem bombas com sistema de palhetas, engrenagens, rotor flexível, centrífuga, com autoaspirante, com by-pass e muito mais. Podem ser monofásicas, bifásicas, bivolts, 12 e 24v e trifásicas.

• Bombas Manuais: Bombas de alavanca ou manivelas em alguns casos são utilizadas para lubrificação assim como transferências. Equipamentos práticos e de fácil instalação, ajudam na produtividade e manuseio dos fluidos.

Controle na Aplicação
Aplicação Manual vs Aplicação Automática

O processo ou sistema de lubrificação pode ser de aplicação manual ou automático. Normalmente na aplicação manual, o operador acaba aplicando uma grande quantidade de lubrificante para reduzir o número de intervenções humanas nos equipamentos. Na aplicação automática podemos garantir a frequência da aplicação do lubrificante e a quantidade exata necessária. Um dos benefícios desta aplicação é a confiabilidade de que o lubrificante foi aplicado em todas as partes da máquina.
Ter o controle na aplicação, no armazenamento e manuseio do lubrificante é indispensável para redução de perdas e aumento de produtividade. Para isso existem alguns equipamentos que auxiliam nesse controle, como:

• Medidores: Através de um sistema de gatilho e instalado na extremidade da mangueira, atuam no controle parcial ou total de todo fluido a ser aplicado ou transferido, fornecendo um relatório manual com as marcações. Esta, marcação total não pode ser apagada e é acumulativa a cada aplicação realizada.

• Comandos: Equipamento similar aos medidores (sistema de gatilho), possibilita ainda, o controle de desperdício, impedindo respingos além de auxiliarem no momento de aplicação.

Concluindo

Uma aplicação eficiente de lubrificantes proporciona vários benefícios que ajudam no seu dia a dia e até mesmo em seu empreendimento, tais como aumento da vida útil, confiabilidade dos equipamentos, redução de custos, e maior segurança operacional. Neste e-book, você poderá esclarecer dúvidas, acompanhar recomendações, cuidados e aplicações da lubrificação, além de apresentamos  alguns de nossos produtos. Caso queira saber mais detalhes sobre os  nossos produtos ou de como utilizar o nosso equipamento, basta clicar no link para o site que se encontra abaixo de todos os itens apresentados no nosso e-book.

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